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O caso Diego Souza

Diego Souza chegou ao Palmeiras badalado. Investimento alto da parceira Traffic para tirá-lo do Grêmio, onde foi destaque importante em competições como a Libertadores, obsessão Palmeirense.

Ao lado do MagoValdívia, Diego perdeu o título de estrela e foi mro coadjuvante na conquista do título Paulista em 2008, que nos tirou da fila. El Mago, peça importantissima no elenco foi vendido e aí sim parecia ter chegado a hora de Diego.

Chamado de Diego ‘Sono’ em campo, a resposta do meia veio mesmo em 2009. Postura de líder em campo, atitude com a torcida, o camisa #7 passou de sonolento a chapa quente. Ficou marcado pela briga em campo com o zagueiro Domingos, na época no Santos, na semi-final do Paulista.

Marcou gols importantes e em alguns jogos chegou a carregar o time nas costas, como contra o Inter, desde o inicio  favorito ao título brasileiro em 2009, onde deixou Guiñazu o procurando até hoje.

Batendo no braço, beijando o escudo, quebrando notebook em jogo decisivo pela Libertadores, Diego caiu nas graças da difícil torcida alviverde, foi exaltado, teve seu nome gritado e chego a ser cogitado no papel de novo ídolo, foi convocado para Seleção quase que por unânimidade dos entendedores de futebol. Mas sua graça acabou.

Apontado como o principal responsável pelo fiasco do Palmeiras em 2009, Diegou que chegou a ganhar no fim do Brasileirão o troféu de craque do campeonato, foi ‘homenageado’ pela torcida palestrina com o troféu pipoca, em alusão a omissão do atleta em jogos considerados essencias para a conquista do título, que estava em nossas mãos.

Não adiantou golaço do meio do campo, o gol que nem Pelé fez.

O tempo todo questionado, Diego não conseguiu responder em 2010, e pior foi além do limite nas ofensas com a torcida.

No jogo contra o Atlético – GO, ao ser substituido foi vaiado e ofendido pela famosa turma do amendoim, de cabeça quente, respondeu com xingamentos e gestos obscenos. Nem tanto pela ofensa, nem tanto pelo gesto, o problema é que Diego se recusou a vir a público se desculpar ou ao menos se explicar. Discutiu com dirigentes. Não quer mais o Palmeiras como sua casa.

Eu sempre defendi o atleta Diego Souza, acho inquestionável seu brilhantismo no futebol, no entanto vejo como desperdicio jogar apenas quando quer.

É sim um craque, mas falta de repente um pouco mais de cabeça, de direção. Falta entender que se não jogar bola, não será convocado de novo, não será negociado para um grande clube, não será prestigiado.

Diego vem de temporadas fracassadas. Perdeu com o Grêmio a Libertadores, perdeu com o Palmeiras o Brasileirão, justo quando era nos dois times, o principal responsável pela possível conquista.

Talvez isso pese. Talvez não. A questão é que também não foi abraçado pela torcida quando precisou. Quando recebeu nosso apoio? Apenas enquanto era o nosso Diego Chapa Quente, o novo animal.

Por fim, perderemos um grande jogador, não há dúvidas. Mas um jogador que só é grande quando quer e para jogar no Palmeiras é preciso ser grande todos os dias. Não é fácil envergar uma camisa vitoriosa e com tantas conquistas como a nossa.

Boa sorte Diego, ficará sempre na minha memória pelo gol mais bonito que já vi de dentro de um estádio, mas também ficará sempre marcado pela covardia de fugir, quando sabemos que poderia fazer diferente e calar os que te cornetaram. Enfim, o Palmeiras ainda é maior que tudo isso!

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