Archive for março 28, 2011

O importante é que emoções, eu vivi…

Saudades de passar por aqui!

Em um momento pura nostalgia no twitter, me inspirou a postar mais um texto sobre o Verde.

Não é notícia, nem entrevista, nem informação. É só paixão.

Uma música do rei Roberto Carlos conta do começo ao fim minha relação com o Palmeiras. Postei no twitter e pelas respostas que tive, parece que a música é ‘nossa’.

Emoções – Roberto Carlos

Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
E as mesmas emoções
Sentindo…

São tantas já vividas
São momentos
Que eu não me esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui…

Amigos eu ganhei
Saudades eu senti partindo
E às vezes eu deixei
Você me ver chorar sorrindo…

Sei tudo que o amor
É capaz de me dar
Eu sei já sofri
Mas não deixo de amar
Se chorei ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi…

 

É examente tudo isso. Todas as emoções que já vivemos, cada jogo que choramos, tantos jogos que sorrimos.

Não tive a oportunidade de ver de dentro do estádio, o Palmeiras ganhar um título.

Única palmeirense de casa, pai santista. Ninguém que me apoiasse, levasse ao estádio ou me desse camisas.

Passei a ‘consumir’ Palmeiras depois de velha rs, depois de tomar coragem e ir sozinha ao Palestra, como já contei neste mesmo blog. Tenho aquela inveja boa de quem teve essas oportunidades.

Mas não posso reclamar do que já vivi. São só três anos de arquibancada, mas muitas histórias para contar.

Eu tive o privilégio de ver o gol mais bonito da minha vida ao vivo. Eu lembro do silêncio, da emoção, da explosão.

Foi de primeira, do meio do campo. Segundos eternos, um silêncio ensurdecedor e a bola maliciosa pingando dentro do gol. Inacreditável, inenarrável. Golaço foi pouco, não teve palavra de descrevesse o que o Diego Souza fez naquele Palmeiras 3 x 1 Galo na reta final do Brasileirão 2009. Lindo!

Eu já sai do Palestra com uma dor imensa no peito, sabendo que naquele dia, nos despediamos da sonhada Libertadores. Foi 1×1 Nacional e apesar do jogo de volta, o coração dizia que ali era o fim.

Eu estava na despedida contra o Grêmio. Despedida do querido Palestra. O 4×2 mais triste da minha vida. Apesar da vitória, era o último jogo oficial da nossa casa. E era uma tristeza boa, uma tristeza de saudade de um lugar que nunca mais será o mesmo. Será melhor, maior, mais moderno. Mas o aconchego daquele velho Palestra, me faz tanta falta e sempre vai fazer…

Eu vi e não acreditei nos 3×0 sobre o Vitória pela Sul Americana. Depois do 2º gol passei a rezar para o fim do jogo pois sabia que nos penâltis, São Marcos garantia. Até porque eram 500  jogos do nosso maior ídolo.

Mas era dia de outro Marcos, o AssunSanto. Me lembro como se fosse. Eu estava nervosa, achando que não aguentaria ver penâltis ao vivo. E quando a falta foi marcada, meu amigo disse: ‘É agora Nathy, não vamos sofrer nos penâltis.. é agora’. E foi! Golaço do Marcos Assunção! Eu pulei tanto, gritei tanto que quando parei, a emoção ‘caiu’ em mim e a pressão também e quase tenho meu primeiro desmaio de emoção no estádio. Estavamos classificados!

Foi na semana seguinte, com a mesma adrenalina que voltei ao Pacaembu. Noventa e seis anos de Palestra-Palmeiras contra o fraco Atlético-GO. Doce ilusão. Maior tristeza. Inconformada como fomos do 8 ao 80 em tão pouco tempo. Mas importante são as emoções que vivi.

Emoções que vivi na alegria, na tristeza. Voltando ao Palestra, me lembro e me arrepio como se fosse hoje. Reestréia do Vagner Love no Verdão. Obina cai na área, é penâlti. Ele pega a bola e dá para o artilheiro fazer: ‘É sua’ , deu para ler. Love bateu e eu nunca vi a torcida daquele jeito. Chorei de ver o estádio todo cantando junto, o Love foi para o cantinho do gramado comemorar com todos nós. Me senti abraçada, me senti abraçando. Que emoção!

E na tristeza da desclassificação diante do Goiás. A festa mais linda que uma torcida que canta e vibra pode fazer. Tínhamos a vantagem, chegamos no Paca abrindo o placar. Da numerada eu disse para minha amiga: ‘ESTAMOS NA FINAL!’. Ela concordou, vibramos, cantamos mais alto. Era festa no nosso chiqueiro alugado. Só esqueceram de avisar que tinha o segundo tempo. E assim, tomamos a virada e foi uma tristeza, uma decepção, uma vontade de ficar ali sentada na cadeira até entender porque esse time me faz sofrer tanto e porque o meu amor por ele só aumenta.

Não tem explicação como, sabiamente , Joelmir Beting  escreveu: “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível!”.

E fica registrado neste blog, mais um post nostálgico e apaixonado de uma privilegiada palmeirense, pois é assim que me sinto. Privilegiada por sofrer por este time, por amar incondicionalmente.

E amor não precisa de explicação. A gente sofre, sente, chora. Mas é amor, simples assim.

‘ Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi…’

Comments (6) »